Sempre lembrada como uma das principais lutadoras de trocação no Rio Grande do Sul, a atleta da cidade de Harmonia/RS Carolina Karasek (Spartacus) já se prepara para calçar as luvas de 4 onças e buscar o seu espaço no MMA feminino, em um duelo contra a catarinense Thayla Santos (Junior Aguiar Team/ Joinville), que ocorre na quinta edição do JVT Championship no dia 19/10 na cidade de Caxias do Sul.
E o NAS GRADES foi conversar com a atleta e saber sobre as suas espectativas para essa migração para o MMA e sua preparação para o confronto.
NAS GRADES: O que te motivou a migrar do Muay Thai para o MMA? Seria esse um caminho natural para uma lutadora?
CAROLINA KARASEK: Desde meu início nas artes marciais o objetivo maior era o MMA. Mas como o tempo livre para dedicação era pouco, a primeira opção foi a trocação, por isso iniciei pelo Muay Thai. Quero me estabelecer na categoria 52kg, mas aceitaremos alguns combates na 57 também.
NAS GRADES: Como tem sido os teus treinos para esse novo desafio na tua carreira?
CAROLINA KARASEK: Os treinos estão sendo cada vez melhores e mais abrangentes. Esta preparação acontece há mais de um ano já, foi preciso paciência, dedicação e trabalho duro para poder agora entrar, digamos assim, com os dois pés no MMA.
NAS GRADES: Sendo uma atleta que tem o forte na trocação, dá pra dizer que tu vais buscar o KO?
CAROLINA KARASEK: Vou buscar a vitória em qualquer espaço do octógono, agora sou uma lutadora de MMA e não mais puramente de trocação.
NAS GRADES: E o que tu conhece da Thayla? Já analisou as lutas dela em busca dos pontos fortes/fracos?
CAROLINA KARASEK: O que sei de minha primeira adversária, Thayla Santos, é que ela tem a trocação como arma principal, tendo diversas lutas de boxe, kickboxing e Muay Thai. Trabalhamos em cima disso.
NAS GRADES: Já conta com patrocínios que te garantam uma tranquilidade para se dedicar aos treinos?
CAROLINA KARASEK: Felizmente, hoje sou empresária e posso conciliar e organizar bem meus horários, mas nem sempre foi assim. Meu patrocínio é, digamos, minha própria empresa, a CONQUALI Academia e Fisioterapia. Mas estamos abertos a patrocinadores, o momento é bem oportuno.
NAS GRADES: Na tua opinião, qual é o futuro da divisão feminina do MMA no RS?
CAROLINA KARASEK: O MMA feminino no RS está recém engatinhando, estamos muito atrasadas em relação a outros estados. Tanto que minha primeira adversária já vem de Santa Catarina. Fica a dica para as meninas se aventurarem mais e aproveitarem a oportunidade. Vemos diversas meninas disputando campenatos de Jiu Jitsu e Muay Thai, mas poucas estão se dedicando ao MMA. O trabalho é duro e o caminho é longo, mas o retorno da modalidade vale a pena! Espero sinceramente estar ajudando a abrir este espaço. Grande abraço ao Nas Grades e obrigada mais uma vez por estar participando neste espaço.